terça-feira, abril 07, 2015

Resumo da Conferência "O Poder de ser Livre. É tempo de avançar?"

Rui Tavares, fundador do Partido “Livre” é escritor, tradutor, historiador, ex-deputado europeu e político.

Universalismo, Liberdade, Igualdade, Socialismo, Ecologia, Europeísmo, são os princípios do Livre, constantes da Declaração de Princípios aprovada a 16 de Novembro de 2013, assumindo que o seu lugar é no meio da esquerda.
Legalizado pelo Tribunal Constitucional a 19 de Março de 2014, nasceu em 2013, na sequência do Manifesto para uma Esquerda Livre.

Partilhemos algumas das ideias defendidas no decurso da Conferência:
      Considerando crucial saber qual o caminho que se quer fazer como país, para construirmos o futuro, foi a constatação com que Rui Tavares iniciou a exposição das suas ideias.
Defende que quando o campo de batalha muda, é importante quem o sabe ler, já que não teremos sido preparados para certas mudanças que se foram impondo.
Numa sociedade que não está bem preparada em termos democráticos há conflitos latentes que cedo ou tarde se manifestarão.
Constata que há conquistas democráticas que estão em causa. A educação de qualidade é uma delas, tratando-se dum sonho que foi partilhado no 25 de Abril que está comprometido, quando não em perigo, reconhecendo que há um risco evidente num estado de bem-estar e que o estado social e o estado de direito se comprometem mutuamente.

Ora, com tudo aquilo que não afectou apenas a essência da política à superfície, mas também na profundidade, a fazer caminho, os fundadores da democracia escolheram valorizar a cultura democrática. Os partidos “desdemocratizaram-se” através da disciplina de voto, uma vez que a cultura democrática se sobrepõe, regra geral, à cultura parlamentar.
A democracia está madura mas os partidos são porteiros que deixam ou não entrar para o seu seio novos elementos. Levado ao extremo, poderia concluir-se que há 500 eleitos escolhidos por 5 pessoas! E isso dá pouca pluralidade à democracia!
Assumindo que o contrário da disciplina de voto é a responsabilização de voto, afirma que a lógica executiva mudou por conta da lógica europeia.
Clama pela importância de se ter voz no Conselho Europeu e no Conselho da União Europeia e tem para si que eleger representantes permanentes no Conselho da União Europeia é uma reforma estratégica.
Actualmente são 2 diplomatas de carreira. Se não fossem eleitos directamente ao menos que o fossem entre os eleitos para a Assembleia da República.
Com Portugal a assumir o 1º lugar entre os países europeus na morosidade da justiça, dá como exemplo a Noruega, em que um processo cível, não criminal, demora 3 semanas. No nosso país são também 3 mas anos!
Sustentando que a reforma da justiça teria um impacto muito mais positivo que a económica, alude aos julgados de paz como uma boa solução nesta área.
Concluindo que na área legislativa (parlamento e partidos) temos uma sociedade que não soube adaptar-se, defende na executiva um papel percursor e na justiça mais celeridade e proximidade.
Mas também a sociedade civil tem a obrigação de ser mais inclusiva e mais participativa, clamando para que sejamos mais atrevidos e mais abertos, mais de nós para nós!

Elegendo fundamental que as opções se tornem soluções, alude a propósito do preocupante nível de desemprego jovem, numa mudança crucial de paradigma em matéria de educação, devendo as universidades garantir uma formação suficientemente ampla que habilite a uma preparação para áreas diferenciadas ao longo de 40 anos de vida profissional, habilitando os formandos para distintos desafios profissionais.

26 de Março de 2015, 21H00, Auditório da Casa da Juventude

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